terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Amor Urgente.


Não me satisfaz o amor em doses homeopáticas, quero o amor urgente. Arrebatador. Cálido.
Quero manter a chama acesa. A paixão constante. O desejo ardente.
Quero o ser instante. Não quero que você me apague o fogo. Quero me incendiar com você.



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Sem Rótulos!



Ao contrário do que muitos afirmam, não sou demasiadamente sincera. Nem sempre falo o que penso e muitas vezes, omito minha opinião sobre você. E isso, definitivamente, não me define como falsa, assim, como não me caracteriza como “super sincera” quando exprimo minha opinião sobre algo ou alguém.
Estou cansada dos rótulos.
Se nem eu mesma sei dizer quem realmente sou. E se o sei bem, não me permito dizer a ninguém, porque realmente as pessoas não merecem.
Como o outro pode me definir se nunca experimentou minha dor? Se nunca partilhou minha alegria? Se nunca ousou me conhecer mais profundamente? Se nunca mergulhou no meu abismo? Se nunca soprou minhas feridas? Se não conhece minha verdadeira história?
Detesto o Ser raso, superficial, medíocre.
Admiro as pessoas compostas por sentimentos verdadeiros e perspicácia.
Não esperem que eu seja o molde de uma boneca de cera. Em minhas veias corre o sabor das paixões. Minha língua pode ser doce e amarga. Minhas palavras podem ser cortantes, mas meu silêncio... Pode ser bem pior.
E se contradigo a mim mesmo, é porque sou um Ser vasto.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Antes de sair...



Antes de sair, verifiquei todas as portas e janelas pelo menos umas cinco vezes.
Algumas janelas estavam trancadas com cadeado e, a cada tentativa de abri-los, sentia-me totalmente insegura. Havia em mim uma ânsia pela tal liberdade, e aqueles cadeados eram uma afronta aos meus sentimentos. Rompi bruscamente, numa ingênua intenção de deixá-los ali, como se não fizessem parte da minha rotina. Como se não fossem o meu elo com a realidade. Sim, aqueles cadeados sopravam verdades sobre a realidade, sobre a crua realidade do viver. E, sendo mais objetiva, não era apenas metáfora.
Fui acorrentada antes da concepção, nasci presa aos conceitos e pré-conceitos. Fui obrigada a ir à escola, e desde cedo tive que me encaixar, padronizar.
Cresci com os sentimentos reprimidos e a minha verdade gritando em silêncio. Minha vontade não era igual a dos outros.
Minha dor, muitas vezes se transpunha para o papel, e como um veludo me aquecia nas noites em que o cobertor caía.
Minha solidão, sempre foi companhia, e eu nunca a deixei partir. Preenchia-me a alma.
O amor tinha que ser escondido, mas a violência era estampada, jogada na cara. Eu nunca compreendi.
Os cadeados sempre me incomodaram. Mas nunca fui além de mim mesma. Não fui hippie, não fui dark. Sempre fui eu mesma, com todas as personas a que tive direito. “Porque antes de tudo, ser artista é ter sangue nas veias. E nesse mundo só o que fazemos é atuar. Mulheres que somos. Representando a submissa do fogão; a normalista; a fã do ídolo de rock; a apaixonada, a realista; a infinita; a Julieta; a lady Macbeth, a dona doida.”
E assim, vamos arrebentando os cadeados. Transpondo os desejos, se entregando às verdades. Mas não se iluda. Eu nunca disse que seria fácil me amar.Meus sentimentos são demasiadamente pesados... Mas a contraponto, sou pluma. E que Deus te proteja de mim.
Estava tudo organizado no meu quarto. As malas prontas. O perfume, flores, livros, espelho. A cama grande e macia. A mala transbordando... E eu, em desacordo com tudo isso.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Quando digo que te amo!


Quando eu digo que te amo não significa que aceito tudo, mesmo porque, onde tudo é aceito, suponho que haja falta de amor, já dizia Maiakóvski.
Quando eu digo que te amo, significa que há em você um aroma que perfuma meus dias; que sua essência, me preenche de uma maneira, que puta que pariu, me faz transbordAR.  Que sua voz, além de me seduzir, me acalma. Que seu toque me arrepia e abre os poros, e seu beijo, ah... Seu beijo é um misto de loucura e amor. Acende tudo.
 Que seu silêncio é tão revelador, que somos capazes de nos compreender apenas com o olhar.
Quando eu digo que te amo, significa que seus defeitos continuam aí e os meus aqui, e sabemos com toda certeza, nos respeitar.
Que suas dores são minhas também; que nossas despesas podem ser divididas; que os seus medos podem contar com minha coragem, e muitas vezes, minha coragem depende de você, quase sempre de você.
Quando eu digo que te amo não significa que vou abrir mão da minha vida por você, mas significa sim, que vou dividi-la com você.