sábado, 21 de agosto de 2010


‎"Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros. Esse coração que erra, briga, se expõe. Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões. Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.´(C.L.)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Meus pensamentos me dão vertigem. Essa ansiedade mais parece um cavalo indomável dentro de mim, querendo sair a todo custo.

sábado, 14 de agosto de 2010

Minha alma chora

Estava aqui pensando em como começar a escrever, parece-me que as palavras fugiram. Esse lugar me remete às lembranças mais inquietas. Sei lá, acho que esse momento requer muita concentração, você planeja uma coisa, investe nessa coisa, e essa coisa não acontece. Tudo muito estranho.  Esse fardo tem pesado minha alma, cansada! Minha alma está sangrando. Mas não se assuste. Nada que um vampiro qualquer não possa resolver.  Está em dolência. Uma dor provocante, que me fere, que me paralisa. Um dispêndio de energia fora do comum. Isso tem me consumido até as tripas, estou pálida diante dessa situação. Sempre assumi com muita naturalidade as mudanças, mas agora, tudo é tão diferente, parece que é muito mais importante. Não sou mais aquela menina inconseqüente, sou uma mulher cheia de dúvidas. Uma mulher... com responsabilidades.
E esse cheiro de terra molhada me faz pensar na possibilidade da vida. Do surgimento. Da criação. Do gozo. Da natureza humana. Acredito que esteja nascendo um novo ser dentro de mim. Alguém diferente de mim. Também, eu nunca quis ser igual, não haveria de ser agora. Mas tinha que ser tão diferente? Tão mais imponente? Tão melhor que eu?
Eu que nunca me permiti o medo, agora tenho medo que esse novo ser, seja tão mais importante que eu. Nunca fui dada a esses sentimentalismos. Sempre fui mais prática. Logo eu que não chorava, que estava acima do bem e do mal. Logo eu... Estou diante de mim mesma, em prantos. Agora vejo a impossibilidade de ser, apenas ser.
Estou em lasso puro. 

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Estou pronta para a Vida


Minha felicidade é incomensurável. Uma explosão de fogos de artifício tem bombardeado meu corpo. Acabo de descobrir que estou pronta para a vida. Sem medo. Sem receio. Apenas a vontade de realizar meus desejos. Parto.
Nunca fui capaz de me entender, e acho melhor que seja assim. Isso me dá maiores possibilidades, não me limita. Essa capacidade de entendimento reduz as chances de ser diferente. Não convém justificar. Sou assim e pronto. Não sou igual. Sou intensa. Visceral. Meus sentimentos estão amontoados nas entranhas... Minha fome é tão voraz, que não pode ser saciada com qualquer alimento. Necessito de um trago mais forte. De um amor mais violento. De um beijo mais impetuoso.
Necessito das cortinas, luz, palco, coxias e platéia. Não pela vaidade. Mas pelo nervosismo. Ansiedade. E pela capacidade intelectual. Ou não. Pela possibilidade de ser um agente transformador, Provocador. Pela inquietude.
Eu preciso ser sentida. Tocada. Invadida.
Não espere que eu seja o que você deseja, pois serei sempre eu, com todas as personas a que tenho direito.
Sou surpreendida pelos pensamentos mais insanos, pelas vontades mais loucas, pelos delírios mais quentes.
Metade de mim quer gritar ao mundo que é composta por carne, alma e indefinições... De concreto mesmo só tenho as cicatrizes, as paixões, os vícios e algumas poucas virtudes. Outra metade quer apenas sentir o perfume, a brisa, o gosto. Repleta de dúvidas, desejos, anseios e abismos. Sedenta de prazer. Apaixonada por loucos, teatro, livros, música e um pouco de dor. Inteiramente entregue à arte em toda sua amplitude. Contraditória, realista, cigana, perdida… Para compor minhas noites apenas amigos e uma mesa de bar.
Estou pronta para me inebriar com o cálice da vida. Vem comigo?!

domingo, 1 de agosto de 2010

Olhar




Estou lamentando a ausência do que ainda não possuo. Triste história. Como diria o poeta, viver não dói. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Outro dia eu tive um sonho. Sonhei com um amor. Um amor insano. Nem sei bem se era um amor, acho que era um misto de tesão e phatos. Até prefiro que seja uma paixão mesmo, a paixão me deixa assim, motivada, inspirada, atordoada, encantada!
Mas voltando ao sonho, foi um olhar. Um olhar sedutor de um homem que me conquistou. Que me fez sentir um desconforto corporal, que invadiu a minha essência, que me despiu e me fez espargir alguns segredos...
Esse olhar me provocou. Me aqueceu o corpo, me abriu os poros, despertou meus desejos. Meus lábios gritavam pelos seus...
Esse olhar me insultou. No mesmo instante encontrou outro olhar e me deixou. Foi-se então aquele olhar sedutor. E o meu olhar ficou vazio, apenas lágrimas, sútil...
Mas o sonho não acabou, e os nossos olhares se reencontraram e tudo recomeçou... Desejos, desejos e desejos.
Esse olhar me incitou. Aflorou minha imaginação, me tocou com as palavras, me seduziu da forma mais encantadora, me fez cometer o pecado da luxúria.
Esse olhar me beijou a nuca, me beijou os seios, me beijou o ventre, me beijou as coxas. Em pensamento.
Esse olhar me alcançou e mesmo assim, me abandonou...
Olhar estranho, sem nome, sem certeza. Carrega em si, apenas a beleza.