quarta-feira, 27 de junho de 2012

SEDEX



Bom mesmo é acordar de manhã com o carteiro batendo em sua porta. Principalmente nos dias de hoje, que não se usa mais enviar cartas, cartões e mensagens escritas de próprio punho. Tão grande foi minha surpresa, que além da escrita, que há muito não recebia, ainda fazia parte do presente um cd duplo, outro artigo escasso no mundo moderno, povoado por MP4, Ipod, Ipad e ai! Quanta novidade... e saudade do meu velho e bom vinil.
O envelope amarelo dos correios me remeteu aos meus tempos de menina. Quando aguardava ansiosa no portão pela chegada do carteiro. 
E às 16h quando ouvia as palmas e a voz fina do entregador de cartas gritando: Correio, correio! Saía desembestada para receber as cartas envoltas nos envelopes coloridos e perfumados. Quanta novidade eu podia ler naquelas linhas inocentes da infância. Segredos inconfessos que nem Deus poderia saber ou então, eu seria castigada. 
Mas continuando à emoção do presente, ele estava embrulhado num papel que me fez lembrar Copacabana, sua lira e seus poetas. Não bastasse eu ter recebido ontem à noite uma poesia de presente, me vem pela manhã "o carteiro e o poeta".
Doce é recordar de tudo que foi vivido... Doce, doce e doce.
Enquanto as borboletas se preparam para alçar voo, me regozijo nas linhas não tão inocentes, mas sinceras, do amigo Danilo.
Sinto um aroma de Poesia.
Poderia ser um poema composto por 2 quartetos e 2 tercetos, mas meu soneto é apenas prelúdio. Poesia composta por uma alegria só.