segunda-feira, 28 de outubro de 2013

“E ela não passava de uma mulher... inconstante e borboleta.”

Estou terrivelmente inconstante. É bem verdade que tenho vivido momentos de alegria intensa. Mas por trás daquele sorriso há sempre uma dor atravessada. Latejando. Insistindo em doer. Porque até meus sentimentos mais íntimos estão expostos aos palcos gregos.
Vem de lá.
Sim.
Vem daquele berço minha estrutura completa. Minha alma carregada. Meu sorriso triste. Minha dor abaixo da espinha.
Trago comigo uma bagagem insuportável de carregar. Porque sim, sempre fui de brigar. Este é meu jeito de ordenar as coisas. Brigando. Obrigando-me a suportar aquilo que ninguém mais suportaria.
Sou assim mesmo, contraditória. Explosiva nos momentos mais solenes.
Contida naquele átimo de segundo para não se deixar golpear o coração.
Talvez eu tenha que aprender a ceder mais. Ser menos teimosa.
Talvez eu tenha que sair do meu mundo para simplesmente, viver no seu.
Metamorfosear você.

E apenas deixar a música tocar, assim, como o vento.