terça-feira, 16 de março de 2010

CONTOS PROIBIDOS

Hoje, quando acordei, senti um gostinho especial na boca. Um amargo misturado com mel. Uma felicidade sorrateira, que me permitia um tímido sorriso.
Sabe aquela sensação de que fizemos algo que não deve ser dito?
Uma inexplicável vontade de cantar e dançar sem motivo aparente...
E o humor, que sempre oscila de uma maneira que nem todos conseguem acompanhar, hoje mais parecia um licor adocicando a língua.
No banho, o sabonete deslizava sobre meu corpo numa mistura perfeita com aquela água norma, que em gotículas beijava meu corpo feliz. Tudo em mim sorria.
A roupa, que sempre foi uma dificuldade, vestiu perfeitamente meu corpo e sem delongas quis sair para o mundo. Hoje, minha vontade era maior que eu. Queria gritar, sair, fugir, sorrir e me entregar sem compromissos. Hoje, o dia era permissivo.
Queria o caminho mais curto que me levasse ao ápice do prazer. E se vivo de quimera, minha fantasia era beijar ardentemente e sentir o movimento dos corpos... Enfurecidos. Voluptuosos. Saciados.
Hoje, o dia era de champagne com morango. Lingerie transparente. Noite sem dormir...