sábado, 28 de fevereiro de 2009
"O Homem, as Viagens" - Meu ponto de vista sobre:
O Homem, as Viagens
chateia-se na Terra
lugar de muita miséria e pouca diversão,
faz um foguete, uma cápsula, um modulo
toca para a Lua
desce cauteloso na Lua
pisa na Lua
planta bandeirola na Lua
experimenta a Lua
coloniza a Lua
civiliza a Lua
humaniza a Lua.
Lua humanizada: tão igual à Terra.
O homem chateia-se na Lua.
Vamos para Marte — ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em Marte
pisa em Marte
experimenta
coloniza
civiliza
humaniza Marte com engenho e arte.
Marte humanizado, que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro — diz o engenho
sofisticado e dócil.
Vamos a Vênus.
O homem põe o pé em Vênus,
vê o visto — é isto?
idem
idem
idem.
O homem funde a cuca se não for a Júpiter
proclamar justiça junto com injustiça
repetir a fossa
repetir o inquieto
repetitório.
Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira Terra-a-terra.
O homem chega ao Sol ou dá uma volta
só para tever?
Não-vê que ele inventa
roupa insiderável de viver no Sol.
Põe o pé e:
mas que chato é o Sol,falso touro
espanhol domado.
Restam outros sistemas fora
do solar a col-
onizar.
Ao acabarem todos
só resta ao homem
(estará equipado?)
a dificílima dangerosíssima viagem
de si a si mesmo:
pôr o pé no chão
do seu coração
experimentar
colonizar civilizar
humanizar
o homem
descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
a perene, insuspeitada alegria
de con-viver.
Carlos Drummond de Andrade
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Voltando à vida real...
Voltamos ao nosso mundo de realidades. O trabalho, os estudos, os compromissos, as dores, as felicidades, o amor.
Talvez muitos estejam insatisfeitos com a realidade vivida, e eu digo, viva! Viva com vontade, viva sem medo, viva a simplicidade, viva os segundos. Porque como dizia o poeta, Viver não dói...
Viver não dói
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas
e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido
uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,
um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor
e não conhecemos,
por todos os filhos que
gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados,
pela eternidade.
Sofremos não porque
nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres
que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo,
para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe
é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada
em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu,
mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras
nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o
desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.
(Esse poema é atribuido a Drummond, não tenho certeza)
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Queen - Essa os amantes do grupo não podem perder

Teatro



Carnaval 2009


Deu no jornal...
Novo álbum do compositor e maestro Wagner Tiso constata o parentesco entre o samba e o jazz. Repertório vai de Sinhô a Miles Davis, explorando a riqueza de harmonias e improvisos .
Ailton Magioli
Márcia Foletto/Divulgação

Claro que o samba invadiu primeiro as veias de Wagner Tiso, embora não fosse o repertório preferido dele na juventude. “Tinha Ary Barroso, Noel Rosa e outros nomes que as bandas de Três Pontas tocavam. Mas, quando jovem, eu estava mais ligado em outras coisas, embora já gostasse de Frank Sinatra, de Nat King Cole e das big bands”, relembra o maestro e integrante do Clube da Esquina. Com a chegada de Ray Charles à cena, ele passou a entender melhor as harmonias – era algo diferente, que desaguava no jazz, gênero que Wagner só veio a conhecer efetivamente em Belo Horizonte, na década de 1960, época em que começou a se apresentar na noite com Milton Nascimento. “Foi quando ouvi John Coltrane, Miles Davis e outros jazzistas que não escutava no Sul de Minas”, recorda o pianista, compositor e arranjador. Quase 50 anos depois, Wagner Tiso encerra a primorosa trilogia em que revisita sua memória musical com o disco Samba e jazz – Um século de música (Trem Mineiro). Digno do talento e da maturidade do artista, o projeto foi iniciado com o CD Debussy e Fauré encontram Milton e Tiso, em 1997, seguido de Tom Jobim Villa-Lobos (2000) – ambos gravados com a orquestra Rio Cello Ensemble. No Rio de Janeiro, para onde se mudou em 1965, Wagner Tiso tomou consciência sobre o que o samba realmente significava – muito além das canções-exaltação de Ary Barroso. “Foi ali que comecei a me enturmar com o chamado samba de meio de ano, que não é de carnaval. Adorei, comecei a ouvir sambistas de todas as épocas”. A descoberta do parentesco entre o samba e o jazz veio à tona à medida que ele se aprofundava naquele repertório. “Além da influência negra, a harmonia europeia aproxima os dois gêneros”, observa, salientando que a bossa nova é o modelo de samba em que isso é mais notado. “Foi por meio da bossa que o samba se modernizou. Mas a gente já tinha compositores ‘parentes’ de Nova Orleans, como Pixinguinha e Sinhô. Eles ouviam o que se tocava na terra do jazz”, informa o maestro. Não por acaso, em 1917 foram gravados os primeiros discos de samba (Pelo telefone, de Donga e Mauro de Almeida, no Rio) e de jazz (Tiger rag, da Dixieland Jazz Band, formada por músicos brancos de Chicago, nos Estados Unidos). Com Samba e jazz – Um século de música, Wagner Tiso mostra os dois gêneros em recorte que privilegia os anos 1920-1960. “Ambos têm a mesma origem. O jazz, mais que o samba, usufruiu muito da harmonia europeia. Mas o samba também, pois gerou a bossa nova, que, por sua vez, tem muito da harmonia do jazz”, reforça. As 12 faixas do CD foram divididas entre composições de Sinhô (a inédita Volta a palhoça), Ary Barroso (Inquietação e É luxo só, parceria com Luiz Peixoto), Nelson Cavaquinho (Folhas secas), Zé Keti (Opinião), Chico Buarque (Samba de um grande amor) e Paulinho da Viola (Quando o samba chama) e as homenagens do maestro aos jazzistas Count Basie (Shinny stockings e April in Paris), John Coltrane (Naima), Bill Evans (medley de Smoke gets in your eyes, What is there to say e Young and foolish) e Miles Davis (Tune up e Solar).
Memórias...
O início de uma nova loucura...
Esse princípio é passível de novos ensaios, é uma busca constante por uma música que toque seus ouvidos , um filme que valha à pena, um livro que a faça transcender o real, uma peça que lhe permita apresentar todas as suas personas, uma taça de vinho que a deixe inebriada, uma noite de amor que eleve seu lado fêmea, uma palavra rasgada que transforme sua vida permissiva em pequenos fragmentos.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Propagandas que ficaram na Memória...
Garoto Bilhetinho
Vocês se lembram do garoto-propaganda mais famoso do Brasil?
Bombril Velha surda
Bombril Surfista
Essa merece aplausos...
Brahma Feliz Ano Novo
Algumas coisas ficaram na memória...
Vou resgatar algumas coisas que já estavam postadas, e outras vou ficar devendo, pois não consigo me lembrar de tudo que tinha feito até hoje.
De qualquer maneira a intenção é a mesma, falar de arte, cultura, lazer, publicidade, teatro, música, dança e tudo que possa transformar de alguma maneira, quem por ventura me fizer uma visita.
Sejam bem-vindos...
Desculpas...
Tive um problema e perdi todas as minhas postagens.
Em breve estarei com tudo funcionando novamente.
Bjs
domingo, 22 de fevereiro de 2009
sábado, 21 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Em cena...


Áridas Flores
... Tempo de dor, de busca, de promessas não cumpridas, de faca cortante tatuando em sua alma as cicatrizes do tempo...


Com o diabo no corpo
comédia com personagens marcantes...