segunda-feira, 14 de junho de 2010

CONTOS PROIBIDOS



Homem Desconhecido

Era uma bela tarde de outono, o vento delicadamente soprava as folhas secas das árvores, que nessa época do ano se tornam ainda mais bonitas. O céu estava majestoso, um tom de vermelho alaranjado que só o pôr do sol do outono nos oferece.
Por alguns instantes pude sentir o calor do seu corpo me aquecendo. Dois corpos entrelaçados, suados, encharcados do melhor prazer. Suas mãos deslizavam suavemente por todo meu corpo, despertando cada pedacinho e me abrindo os poros. Fui  à loucura quando senti sua boca beijando meus seios. Fizemos amor. Ou apenas nos permitimos o prazer corpóreo.
E depois de tudo, o desejo continuava latente. Pulsando. Gritando por aquele homem desconhecido que passeava pelos meus sonhos.
Quando dei por mim, estava ali. Sentada naquela praça. Apenas sonhando. Apenas desejando. Apenas lembrando do que não havia acontecido. A lembrança daquele homem não me saia da cabeça. Em tudo via seu sorriso, seu rosto, a cor da sua pele. E a cada dia o desejava mais forte. Desejo intenso de acariciar seu rosto, de tocar com os lábios sua boca, de sentir seus braços fortes me envolvendo em seu abraço. Desejo intenso de possuí-lo. Apenas desejo.

2 comentários:

  1. O vento que sopra seus cabelos, são os meus desejos que chegaram até você na forma mais sutil que se pode sentir.
    As palavras que são ocultas entre outras frases calorosas são uma resposta de um desejo escondido que um dia tem que sair da toca.
    Adorei suas palavras, acho que encontrei uma poetisa.
    Muitos beijos...

    ResponderExcluir
  2. Ah meu querido, quanta gentileza! Um beijo grande.

    ResponderExcluir