Bom
mesmo é acordar de manhã com o carteiro batendo em sua porta. Principalmente
nos dias de hoje, que não se usa mais enviar cartas, cartões e mensagens
escritas de próprio punho. Tão grande foi minha surpresa, que além da escrita,
que há muito não recebia, ainda fazia parte do presente um cd duplo, outro
artigo escasso no mundo moderno, povoado por MP4, Ipod, Ipad e ai! Quanta
novidade... e saudade do meu velho e bom vinil.
O envelope amarelo dos
correios me remeteu aos meus tempos de menina. Quando aguardava ansiosa no
portão pela chegada do carteiro.
E às 16h quando ouvia as
palmas e a voz fina do entregador de cartas gritando: Correio, correio! Saía
desembestada para receber as cartas envoltas nos envelopes coloridos e
perfumados. Quanta novidade eu podia ler naquelas linhas inocentes da infância.
Segredos inconfessos que nem Deus poderia saber ou então, eu seria
castigada.
Mas continuando à emoção
do presente, ele estava embrulhado num papel que me fez lembrar Copacabana, sua
lira e seus poetas. Não bastasse eu ter recebido ontem à noite uma poesia de
presente, me vem pela manhã "o carteiro e o poeta".
Doce é recordar de tudo
que foi vivido... Doce, doce e doce.
Enquanto as borboletas se
preparam para alçar voo, me regozijo nas linhas não tão inocentes, mas
sinceras, do amigo Danilo.
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