sábado, 23 de novembro de 2013
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
“E ela não passava de uma mulher... inconstante e borboleta.”
Estou terrivelmente inconstante. É bem
verdade que tenho vivido momentos de alegria intensa. Mas por trás daquele
sorriso há sempre uma dor atravessada. Latejando. Insistindo em doer. Porque
até meus sentimentos mais íntimos estão expostos aos palcos gregos.
Vem de lá.
Sim.
Vem daquele berço minha estrutura completa.
Minha alma carregada. Meu sorriso triste. Minha dor abaixo da espinha.
Trago comigo uma bagagem insuportável de
carregar. Porque sim, sempre fui de brigar. Este é meu jeito de ordenar as
coisas. Brigando. Obrigando-me a suportar aquilo que ninguém mais suportaria.
Sou assim mesmo, contraditória. Explosiva
nos momentos mais solenes.
Contida naquele átimo de segundo para não se
deixar golpear o coração.
Talvez eu tenha que aprender a ceder mais.
Ser menos teimosa.
Talvez eu tenha que sair do meu mundo para simplesmente,
viver no seu.
Metamorfosear você.
E apenas deixar a música tocar, assim, como
o vento.
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Sinto-me tão vazia, quando por vezes, sou abandonada nas tardes de inverno,
Sinto-me tão sem sentido, quando não posso ser o lugar onde você habita,
Sinto-me despida de qualquer sentimento, quando não posso ser a cama que te abraça, a rua onde você anda.
Fiquei mal acostumada à sua presença, que tem me encharcado de sentimento bom.
Sinto que não pertenço a lugar algum quando não sou capaz de tocar com o pensamento seus lábios.
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Todo silêncio dos últimos meses se cala agora.
Efeito de chuvas torrenciais de angústia e tensão.
Nem sei bem se estive num período de ostracismo. Mas
exilei-me. Fechei muitas portas.
Contudo, arranquei o teto e desde então, tenho vivido
simplesmente sob as estrelas. Acredito,
especialmente, na luz natural.
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Parece-me que o tempo
parou desde a última vez que nos falamos. Mas é estranho como percebo os
ponteiros do relógio na mesma angústia urgente das horas, minutos e segundos.
Pulsando feito um coração aflito.
Então é claro que o tempo
não parou, que nada permaneceu como antes.
A lua desceu sobre o sol,
a noite sobrepôs o dia, o outono carregou as folhas secas, o inverno se prepara
para chegada da primavera. E eu, eu permaneço insólito.
Ando tão sem inspiração para o que eu
realmente gosto. A palavra anda seca, sem sumo, sem acidez, sem o amargo doce
que tanto me encanta. Minha lingua anda pouco afiada e molhar a palavra tem
sido doloroso. Sendo um pouco mais sincera, há em mim uma escassez de palavras
e esse branco tem me sufocado. Sim, estou sufocada e mesmo estando num espaço
que julgo valer a pena, tem sido um parto diário abrir os olhos e caminhar.
Olhar os olhos que me enxergam todos os dias, me faz cega. E me emudeço com o
que ouço das pessoas. As pessoas não são sinceras. Mas ainda sim, viver é
mágico e inteiramente perigoso.
sábado, 1 de junho de 2013
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Deixa que a noite desça
sobre a leveza do amor.
Leve o sentimento que me
leva a você
Por ti, derramo-me em
veludos raros.
Sopra em teus ouvidos
minha boca
E palavras são ditas pra
te endoidecer.
Finda em mim os segundos
que vivemos no amor
Pela intensidade vale
mais que a eternidade.
O amor é mesmo “bicho
instruído... Ensina igualmente a ferir e ser ferido”.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Desejo a simplicidade o ano inteiro. O amanhecer com dias claros. O aroma vindo da cozinha: café, pão francês, ovo pochê e bacon. A mesa farta de alegria.
Desejo o sol entrando pela janela, a chuva fina fazendo florescer, sorrisos sinceros e a cumplicidade na labuta. Generosidade nas relações, amizade pra se dar, minutos vagabundos para amar e paixões para aquecer.
Desejo a tristeza para escrever, a alegria para viver e a dor para aprender. Livros para viajar, viagens para conhecer, novos sabores para experimentar. Champagne para estourar; vitórias para brindar; cama quente para encostar; carinho; chamego e cafuné para adormecer.
Velas acesas e flores pela casa. Um amigo verdadeiro, um abraço apertado e uma mão estendida.
Compreender, respeitar e perdoar. Errar e acertar.
Caminhar sobre areia fina, molhar o corpo com água salgada, descansar sob a sombra de uma árvore. Sonhar no balanço da rede. Conhecer novas gentes, desvendar segredos, acreditar no outro.
Desejo ser gentil.
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