sábado, 3 de outubro de 2009
VT Honra e Pátria - Trabalho para disciplina de RTVC - Faculdade Pitágoras
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Promessas não cumpridas
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Leite Derramado - Chico Buarque
Ainda não li, mas pela crítica, o livro deve ser fantástico.
Chico Buarque é sempre inspirador, nos remete ao lirismo das palavras sem nos tirar da realidade.
“Leite derramado é o mais hábil e inspirado romance que [Chico Buarque] já escreveu (…). A qualidade de Leite derramado — um dos mais importantes romances lançados no país nesta primeira década do século XXI — desmonta, de vez, as superstições e preconceitos que deformam sua figura de escritor. Chico não é só um músico de sucesso que faz literatura. Ele está entre os grandes narradores brasileiros contemporâneos (…). Leite derramado despeja sobre o leitor, é verdade, uma profunda tristeza. Mas é uma tristeza fértil, que nos ajuda a matizar os grandes atos da história.” — José Castello, O Globo
“Começando a leitura hoje, sábado, na segunda você estará com um livro de pouco menos de 200 páginas devidamente saboreado e a cabeça recheada de ótimas histórias para contar, (…) depois de um fim de semana segurando nada menos que o Brasil nas mãos (…). O Chico escritor está aqui na ponta dos cascos.” — Reinaldo Moraes, Jornal do Brasil
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Um pouco sobre ética e jornalismo
Convivemos com uma angústia latente no que se refere à ética, nesse contexto podemos conceituá-la de várias formas. A ética profissional, a ética individual, a ética religiosa, a ética política e por aí. Em todos os aspectos nos vemos envolvidos nos costumes, comportamento, relacionamentos e moral. A ética tem uma relação muito acentuada com o Modus Vivendi de cada sociedade em conseqüência das decorrentes mudanças, isso reflete na contextualização do que é bom para o indivíduo e para a sociedade, ou seja, o que é bem comum para a sociedade em questão naquele momento. Como ocorreu no caso de Sócrates, filósofo grego, condenado a beber veneno, acusado de induzir a juventude a questionar as leis.
O embasamento para a construção da personalidade humana se dá na infância, onde a criança absorve o que lhe é ensinado como conceitos morais, através do meio em que vive e das referências da sociedade, sendo capaz, mais adiante de uma convivência social, questionamentos acerca de valores éticos e morais para a prática da vida social.
Estamos imbuídos numa sociedade competitiva e hedonista em que valores éticos estão sobrepujados pelo individualismo e a busca do poder. A informação cada vez mais rápida muitas vezes não possibilita que o profissional lance um olhar crítico sobre o que está sendo entregue ao público. A luta pela melhor reportagem, pelo furo do ano, pela entrevista com o assassino pode dizimar com conceitos éticos. Não obstante, o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros tem o papel de aferir a conduta e procedimentos dos profissionais, para que a informação seja transmitida, observando a veracidade dos fatos e atentando para o compromisso com a responsabilidade social e interesses públicos.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Sobre Publicidade e Propaganda - Teaser
Teaser ( em inglês "aquele que provoca" do verbo tease "provocar") é uma técnica utilizado em Marketing para despertar a curiosidade, chamar a atenção para uma campanha publicitária provocando/aumentando o interesse do público-alvo para sua mensagem .
Muitas vezes essa técnica é utilizada como um dos recursos iniciais de uma Campanha Publicitária. O teaser pode ser uma pequena peça veiculada por qualquer mídia publicitária , seja em jornais, revistas, outdoors, televisão, internet ou outros meios, deve levar ao público alvo a interrogar sobre a mensagem que pretende ser passada, despertando o interesse pela continuação do tema. Posteriormente, na continuação da campanha, o assunto é esclarecido.
Teaser da Novela da Rede Globo - "A Favorita".
sexta-feira, 8 de maio de 2009
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Poder – Quem o detém?
As civilizações sempre se impuseram perante o mundo utilizando o poder do conhecimento, que por sua vez se transformaram em armas, guerras pelas conquistas culturais, econômicas e de territórios. Basta observar o controle que os Estados Unidos sempre exerceram sobre o resto do mundo em virtude de seu acúmulo de conhecimento, tecnologia e capital. Vale lembrar que atualmente esse quadro vem mudando.
Assim como em outros momentos da história, atualmente quem detém a informação, o conhecimento, o saber tem o poder proporcional à importância e ao uso que faz dessa informação.
O indivíduo que acumula conhecimento em qualquer que seja a área de atuação possui capacidade superior de se destacar em relação aos seus semelhantes.
Dessa maneira, quem detém a informação em qualquer lugar que esteja tem o poder de se impor aos demais.
Na mídia, seja impressa ou eletrônica, a informação é a moeda que move esse mercado e os demais que são influenciados por ela.
Nesse caso, concluo que a educação como processo de desenvolvimento humano deveria ter lugar de destaque na sociedade, mas o que assisto é o descaso dos governantes, quiçá da sociedade.
Se o conhecimento confere ao indivíduo poder, ao contrário, a ignorância lhe permite ser moldado, ludibriado, açoitado pelos que detém o poder. Muitos foram os governantes que atearam fogo ao instrumento do saber, apesar de serem leitores assíduos e se imbuírem de todo e qualquer conhecimento que fosse necessário.
Diante desses fatos é compreensível que empresas disputem ferozmente, cartela de bons clientes e informações que, com certeza lhe trarão benefícios. E é compreensível também, que os governantes não se preocupem em atribuir à sociedade educação de qualidade.
Portanto, sejam vocês mesmos os precursores do seu próprio saber, invista no conhecimento, porque quem tem a informação tem o “poder”.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Luiz Carlos Prates
Decente e apropriado para a atual conjuntura.
Ao invés de piadas que muitas vezes contribuem para a disseminação das falcatruas públicas e também privadas, palavras simples que traduzem nossa indignação em torno da falência do sistema.
Íris ou Lírios, de Van Gogh
Coitado do Ser Humano...
domingo, 12 de abril de 2009
Discutindo Literatura - Edição 16
A primeira, entre maio de 1928 e fevereiro de 1929, e a segunda, de março a agosto de 1929. De acordo com seus criadores, a pluralidade ideológica era preponderante. A Revista de Antropofagia dizia não ter “orientação ou pensamento de espécie alguma: só tem estômago”.
Na segunda fase da revista, ocorreram algumas dissidências entre os grupos modernistas, inclusive a ruptura entre Oswald e Mário de Andrade. Mantiveram-se antropófagos: Oswald, Raul Bopp, Tarsila e Patrícia Galvão, a Pagu.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Por onde andei...
quinta-feira, 12 de março de 2009
Inconstância
terça-feira, 10 de março de 2009
Sobre Nelson Rodrigues
sexta-feira, 6 de março de 2009
Deu no Jornal
Discutindo Literatura - Edição 14
Sobre Clarice Lispector não tenho palavras... Como ela mesma dizia "... para o meu melhor pensamento não são encontradas palavras..."
Meu Deus! o que dizer sobre essa mulher?
Suas personagens, ainda hoje, são o retrato do nosso cotidiano - Mas sua habilidade com a escrita as transformava de uma maneira surpreendente...
Ler Clarice Lispector é uma aventura de risco. Nas vielas, esquinas e becos de seus escritos, pulsa uma intensidade arrebatadora capaz de levar o leitor a ficar frente a frente consigo mesmo. Trata-se de uma artista de alma insone, e quem respirou seu hálito nunca mais poderá dormir como antes.
Sua obra denota uma solidão absoluta. Pode-se ter a companhia de Clarice Lispector, mas ela jamais pisou a Terra em companhia de ninguém, a não ser a da aterradora sombra de si mesma e de sua consciência hiperdilatada. Ao leitor resta a perplexidade transformadora do contato com uma estranha que o conhece até a medula, que percorre os desvãos do mundo e do ser com uma destreza insuspeita para o limite humano, sem negar as asperezas do caminho, mas sem tombar jamais.
Quando se trata de Clarice Lispector, o caminho não tem volta, seja para o enunciador e suas criaturas, seja para o leitor incauto. O primeiro grande susto que ela promove é o do ponto de vista. Ao abrir um livro de sua autoria, descortina-se aos olhos de quem lê, no mínimo, uma perspectiva inusitada. Lispector quebra o eixo da percepção cotidiana e inaugura um prisma desconcertante. O mais espantoso: sem tratar de algo particularmente extravagante. O habitual desdobrase em transcendências surpreendentes e de tal grandeza, que tudo o que houve antes daquele momento de revelação fica sob suspeita.
Sob seu olhar agudo, o ínfimo parece cósmico; o silêncio, um estrondo. E não importa o quê. O aniversário de 89 anos de uma velha; uma patroa de classe média alta que finalmente adentra as dependências do próprio apartamento onde ficava a empregada demissionária; uma Joana traída; uma dona de casa andando de bonde que avista um cego mascando chiclete na rua;uma galinha fujona que frustra o almoço domingueiro de uma família de subúrbio; uma Sofia que provoca a sabedoria de um professor primário; uma nordestina que tenta a vida na cidade grande. Clarice busca um estremeção qualquer no cotidiano e o expande até a náusea."
Uma revelação, uma epifania. Os agentes dessa epifania são igualmente banais: a breve descompostura da velha na solenidade de seu aniversário; a barata asquerosa que aparece súbita do armário nas dependências vazias do quarto de empregada; a gravidez repentina da amante secreta do marido; a galinha que foge, negando-se a ser o almoço da família; a menina que interrompe a aula, desafiando o professor cansado; a velha cartomante que incute na imigrante nordestina a consciência da própria tragédia e, simultaneamente, a esperança.
Os protagonistas das histórias de Clarice são compelidos, então, a uma dolorosa viagem introspectiva que resultará numa transformação íntima radical, de onde emergirão transformados, por vezes sem encontrar lugar “em seus próprios dias”.
A paixão é um elemento fundamental nesse processo de epifania – paixão em seus vários sentidos: de “sentimento ou emoção levados a um alto grau de intensidade, sobrepondo-se à lucidez e à razão”; de sofrimento; de amor ardente. As criaturas de Lispector vivem em estado crítico de sensibilidade e de urgência. Sentimentos de solidão, de abandono, de culpa, de júbilo e, sobretudo, de auto-enfrentamento promovem uma ruptura com a imagem que traziam de si e da realidade circundante, revelando a precariedade de sua condição, as carências e, muitas vezes, o que existe para além da falsa estabilidade do cotidiano.
Em sua obra, o narrador em primeira pessoa desnuda-se; o de terceira desnuda seus personagens até a caliça, e o fazem com a compaixão de quem domina a ciência da dor, de quem já desceu ou está descendo aos próprios infernos. Clarice revela o que há de realmente vivo sob a superfície do cotidiano. Seu olhar diabolicamente penetrante fez dela um dos maiores autores intimistas do século 20. A compreensão de sua obra é um esforço contínuo e cada vez mais instigante para estudiosos do mundo inteiro que se debruçam sobre seu mistério.
O instante-jáA escritura de Clarice Lispectoré uma mão poderosa que retém o instante e doma o tempo ao sabor dos caprichos da percepção subjetiva. Logo na primeira página deÁgua Viva, o narrador avisa: “Eu te digo: estou tentando captar a quarta dimensão do instante-já que de tão fugidio não é mais porque agora tornou-se um novo instante-já que também não é mais. Cada coisa tem um instante em que ela é. Quero apossar-me do é da coisa”. Mais adiante, lê-se:“Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada. O que te direi? Te direi os instantes”.
Lispector domina o tempo mediante a captação do seu mais ínfimo fragmento: o instante. A “verdade inventada” do instante guarda na realidade a essência do todo que se fez imperceptível aos olhos baços que abarcam a sucessão convencional dos segundos. Tal captação é obsessiva na obra da autora. O segundo infinitesimal do é, dilatado por ela, ganha uma duração sobrenatural. O tempo real praticamente inexiste, o tempo psicológico é que vigora soberano."
terça-feira, 3 de março de 2009
Discutindo Literatura - Edição 14
Representação poéticaO argumento dessa tragédia – fundado na última parte da lenda de Jasão e Medéia, cujo ciclo inicia com a viagem dos argonautas para conquistar o velocino de ouro e termina justamente com a trágica sina da filha de Eetes, rei da Cólquida (atual Geórgia) – representa o limite a que pode chegar a alma feminina diante da recusa amorosa. Sêneca produz a combinação entre imaginário e real. Faz com que a lenda escorra na realidade e passe a perpetrá-la. Tem-se a nítida impressão de que seus textos não contam uma lenda, mas algo real que pode vir a se tornar lenda.
Com um nome que é cognato do verbo grego cujo significado é engendrar, calcular, produzir, tramar, maquinar, Medéia nasce na Cólquida, região dos ungüentos, dos tônicos e dos venenos. Sua habilidade “farmacêutica” é notória, e dela se utiliza, por vezes, para conduzir suas ações. Por outro lado, suas relações de parentesco não lhe comovem, não se inibe diante da possibilidade de matar um irmão ou trair o pai. Sempre o que a move é o imponderável, o inesperado.
Pontilhada de momentos patéticos, a tragédia adquire contornos interessantes, uma vez que é desvendado logo de início o fato motivador do enredo (o repúdio de Jasão), porém a ação é conduzida para a catástrofe aos poucos, e os acontecimentos soam absolutamente naturais, como fruto da própria necessidade. A protagonista mescla momentos de fúria – como os gritos e as maldições que saem do interior de sua casa ao ser repudiada – com os de uma absoluta racionalidade.
A mistura de horrores e racionalidade é a característica da protagonista. Se, de um lado, se vê fragílima, diante do abandono; de outro, é forte o suficiente para produzir “remédios”para o seu mal. Se, de uma parte, é capaz de voltar-se contra o pai e o irmão; de outra, é capaz de construir aos poucos, “em doses homeopáticas”, sua vingança contra Jasão, seu grande amor. Tais contrastes, que despontam das ações, produzem efeito singular na personagem. Mas, o que a audiência deve pensar sobre Medéia, será fruto do ódio ou da compaixão?
na nossa vida cotidiana. Alguém que mata os próprios filhos é inominável. Porém, lá hesitamos por risco e conta de uma efabulação cuja genialidade transcende às expectativas éticas do mundo contemporâneo, ou mesmo do antigo. Não estamos mais diante do “erro” de Édipo. Nela, a catástrofe é calculada, meditada e levada a termo sem qualquer pudor, e, mesmo assim, a dúvida permanece.
Medéia encontra seu caminho, pois antes não sabia o que faria para se vingar. Mais uma vez opera o confronto de duas possibilidades concretas. Dubiedade e duplicidade, esse é o sentido. Seus dois filhos serão, ao mesmo tempo, vingança e instrumento de vingança. Ao enviar seu presente de escusas a Creúsa e a Creonte, utiliza mais uma vez suas habilidades de feiticeira, as mesmas que selam o destino dos próprios filhos, pois ao tomarem contato com o veneno do presente, não poderão mais sobreviver. Simultaneamente, apesar do amargor e da tristeza que isso lhe traz, mata-os e finaliza a segunda parte da vingança, sendo a morte dos meninos a própria vingança contra Jasão.
Sob a perspectiva do mundo grego e romano, é interessante observar o desfecho proposto, uma vez que Medéia não é pólo passivo de punição pelos assassinatos que comete e foge de Corinto na carruagem do Sol. Dessa maneira, movida por um amor desmedido, o mesmo que a colocou contra o próprio sangue duas vezes, Medéia representa e é engendrada pelo binômio amor e ódio no limiar desses dois sentimentos, dessas duas afecções, que ora são patéticas, ora éticas.Além disso, simboliza em essência a capacidade de reação transformadora e de conversão, utilizando-se de sua absoluta racionalidade para dar fim ao seu sofrimento irracional. Na batalha de sua alma, entrechocam-se o desejo de vingança e o amor pelos filhos.
Assim, seja pela absoluta humanidade, seja pela grandeza de sentimentos que dissemina, Medéia pode ser considerada, como quase toda obra de Sêneca, retrato fiel da alma humana, com seus contrastes e devaneios, com sua fúria e seu amor. Nela, o que observamos é o espaço do homem como nós, ou melhor, do mito do homem comum, com limites e profundo realismo de sentimentos.
Paulo Martins é doutor em Letras Clássicas pela FFLCH-USP e professor da mesma universidade.
Na Antiguidade clássica greco-latina, não havia o conceito de plágio nem de originalidade, que só aparecem no fim do século 18 com a disseminação da imagem do autor como ser diferenciado, que, platonicamente, possui uma relação especial com o divino e, por força de conseqüência, detém uma habilidade ímpar, original e sem precedentes.
Para os antigos, a apropriação temática a título de imitação era salutar e, mais, era uma referência para a observação do engenho (ingenium), capacidade de propor soluções textuais melhores e, nesse sentido, de superar o modelo inicial (aemulatio/emulação). Dessa forma, a teoria autoriza uma aproximação entre êmulos, no caso Eurípides e Sêneca.
A distância entre Sêneca e Eurípides reside justamente na ausência de teatralidade do primeiro em relação ao segundo. As peças de Sêneca, seguramente, foram escritas para serem lidas e não para serem encenadas, o que aristotelicamente retira da estrutura trágica, com a qual deve preocupar-se o tragediógrafo, aquilo que o filósofo grego chamou ópsis, a encenação. Isso, contudo, não impede que seu texto explore aspectos fundamentais como a perfeita construção dos caracteres (os éthe). Suas personagens são extremamente vigorosas e ricas.
segunda-feira, 2 de março de 2009
TV Alterosa | Teatro Alterosa comemora 15 anos
Um grande Teatro...
Que abre a cortina para grandes artistas
Que ilumina grandes cenários
Que toca, emociona, modifica, seduz o público.
Parabéns ao Teatro Alterosa... Que esse palco sempre diga bis.
domingo, 1 de março de 2009
Deu no Jornal - Família Buarque de Holanda
História de brasileiros
Romance mescla pesquisa e ficção para recuperar a saga dos Buarque de Holanda
Carlos Herculano Lopes
Casa da Palavra/divulgação
sábado, 28 de fevereiro de 2009
"O Homem, as Viagens" - Meu ponto de vista sobre:
O Homem, as Viagens
chateia-se na Terra
lugar de muita miséria e pouca diversão,
faz um foguete, uma cápsula, um modulo
toca para a Lua
desce cauteloso na Lua
pisa na Lua
planta bandeirola na Lua
experimenta a Lua
coloniza a Lua
civiliza a Lua
humaniza a Lua.
Lua humanizada: tão igual à Terra.
O homem chateia-se na Lua.
Vamos para Marte — ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em Marte
pisa em Marte
experimenta
coloniza
civiliza
humaniza Marte com engenho e arte.
Marte humanizado, que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro — diz o engenho
sofisticado e dócil.
Vamos a Vênus.
O homem põe o pé em Vênus,
vê o visto — é isto?
idem
idem
idem.
O homem funde a cuca se não for a Júpiter
proclamar justiça junto com injustiça
repetir a fossa
repetir o inquieto
repetitório.
Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira Terra-a-terra.
O homem chega ao Sol ou dá uma volta
só para tever?
Não-vê que ele inventa
roupa insiderável de viver no Sol.
Põe o pé e:
mas que chato é o Sol,falso touro
espanhol domado.
Restam outros sistemas fora
do solar a col-
onizar.
Ao acabarem todos
só resta ao homem
(estará equipado?)
a dificílima dangerosíssima viagem
de si a si mesmo:
pôr o pé no chão
do seu coração
experimentar
colonizar civilizar
humanizar
o homem
descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
a perene, insuspeitada alegria
de con-viver.
Carlos Drummond de Andrade
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Voltando à vida real...
Voltamos ao nosso mundo de realidades. O trabalho, os estudos, os compromissos, as dores, as felicidades, o amor.
Talvez muitos estejam insatisfeitos com a realidade vivida, e eu digo, viva! Viva com vontade, viva sem medo, viva a simplicidade, viva os segundos. Porque como dizia o poeta, Viver não dói...
Viver não dói
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas
e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido
uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,
um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor
e não conhecemos,
por todos os filhos que
gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados,
pela eternidade.
Sofremos não porque
nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres
que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo,
para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe
é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada
em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu,
mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras
nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o
desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.
(Esse poema é atribuido a Drummond, não tenho certeza)
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Queen - Essa os amantes do grupo não podem perder
Teatro
Carnaval 2009
Deu no jornal...
Novo álbum do compositor e maestro Wagner Tiso constata o parentesco entre o samba e o jazz. Repertório vai de Sinhô a Miles Davis, explorando a riqueza de harmonias e improvisos .
Ailton Magioli
Márcia Foletto/Divulgação
Claro que o samba invadiu primeiro as veias de Wagner Tiso, embora não fosse o repertório preferido dele na juventude. “Tinha Ary Barroso, Noel Rosa e outros nomes que as bandas de Três Pontas tocavam. Mas, quando jovem, eu estava mais ligado em outras coisas, embora já gostasse de Frank Sinatra, de Nat King Cole e das big bands”, relembra o maestro e integrante do Clube da Esquina. Com a chegada de Ray Charles à cena, ele passou a entender melhor as harmonias – era algo diferente, que desaguava no jazz, gênero que Wagner só veio a conhecer efetivamente em Belo Horizonte, na década de 1960, época em que começou a se apresentar na noite com Milton Nascimento. “Foi quando ouvi John Coltrane, Miles Davis e outros jazzistas que não escutava no Sul de Minas”, recorda o pianista, compositor e arranjador. Quase 50 anos depois, Wagner Tiso encerra a primorosa trilogia em que revisita sua memória musical com o disco Samba e jazz – Um século de música (Trem Mineiro). Digno do talento e da maturidade do artista, o projeto foi iniciado com o CD Debussy e Fauré encontram Milton e Tiso, em 1997, seguido de Tom Jobim Villa-Lobos (2000) – ambos gravados com a orquestra Rio Cello Ensemble. No Rio de Janeiro, para onde se mudou em 1965, Wagner Tiso tomou consciência sobre o que o samba realmente significava – muito além das canções-exaltação de Ary Barroso. “Foi ali que comecei a me enturmar com o chamado samba de meio de ano, que não é de carnaval. Adorei, comecei a ouvir sambistas de todas as épocas”. A descoberta do parentesco entre o samba e o jazz veio à tona à medida que ele se aprofundava naquele repertório. “Além da influência negra, a harmonia europeia aproxima os dois gêneros”, observa, salientando que a bossa nova é o modelo de samba em que isso é mais notado. “Foi por meio da bossa que o samba se modernizou. Mas a gente já tinha compositores ‘parentes’ de Nova Orleans, como Pixinguinha e Sinhô. Eles ouviam o que se tocava na terra do jazz”, informa o maestro. Não por acaso, em 1917 foram gravados os primeiros discos de samba (Pelo telefone, de Donga e Mauro de Almeida, no Rio) e de jazz (Tiger rag, da Dixieland Jazz Band, formada por músicos brancos de Chicago, nos Estados Unidos). Com Samba e jazz – Um século de música, Wagner Tiso mostra os dois gêneros em recorte que privilegia os anos 1920-1960. “Ambos têm a mesma origem. O jazz, mais que o samba, usufruiu muito da harmonia europeia. Mas o samba também, pois gerou a bossa nova, que, por sua vez, tem muito da harmonia do jazz”, reforça. As 12 faixas do CD foram divididas entre composições de Sinhô (a inédita Volta a palhoça), Ary Barroso (Inquietação e É luxo só, parceria com Luiz Peixoto), Nelson Cavaquinho (Folhas secas), Zé Keti (Opinião), Chico Buarque (Samba de um grande amor) e Paulinho da Viola (Quando o samba chama) e as homenagens do maestro aos jazzistas Count Basie (Shinny stockings e April in Paris), John Coltrane (Naima), Bill Evans (medley de Smoke gets in your eyes, What is there to say e Young and foolish) e Miles Davis (Tune up e Solar).
Memórias...
O início de uma nova loucura...
Esse princípio é passível de novos ensaios, é uma busca constante por uma música que toque seus ouvidos , um filme que valha à pena, um livro que a faça transcender o real, uma peça que lhe permita apresentar todas as suas personas, uma taça de vinho que a deixe inebriada, uma noite de amor que eleve seu lado fêmea, uma palavra rasgada que transforme sua vida permissiva em pequenos fragmentos.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Propagandas que ficaram na Memória...
Garoto Bilhetinho
Vocês se lembram do garoto-propaganda mais famoso do Brasil?
Bombril Velha surda
Bombril Surfista
Essa merece aplausos...
Brahma Feliz Ano Novo
Algumas coisas ficaram na memória...
Vou resgatar algumas coisas que já estavam postadas, e outras vou ficar devendo, pois não consigo me lembrar de tudo que tinha feito até hoje.
De qualquer maneira a intenção é a mesma, falar de arte, cultura, lazer, publicidade, teatro, música, dança e tudo que possa transformar de alguma maneira, quem por ventura me fizer uma visita.
Sejam bem-vindos...
Desculpas...
Tive um problema e perdi todas as minhas postagens.
Em breve estarei com tudo funcionando novamente.
Bjs
domingo, 22 de fevereiro de 2009
sábado, 21 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Em cena...
Áridas Flores
... Tempo de dor, de busca, de promessas não cumpridas, de faca cortante tatuando em sua alma as cicatrizes do tempo...
Dramas de Martins - Dona Leonor Teles, mulher ambiciosa, manipuladora e apaixonante. A rainha de Portugal do final do século XIV me fez crer que os elementos que compõe um personagem como ela são demasiadamente deliciosos.
Com o diabo no corpo
comédia com personagens marcantes...